Com a chegada do calor, voltam a proliferar os mosquitos Aedes Aegipty, aumentando o risco da população de contrair dengue. A melhor maneira de prevenir a doença é impedir esta proliferação, impedindo o acúmulo de água na residência e nos arredores.
A recomendação é de Yara Furlanetti Garcia, clínica geral do Seconci-SP, por ocasião do Dia Nacional de Combate à Dengue (terceiro sábado de cada mês, 22 de novembro neste ano).
A médica explica que a dengue, transmitida por meio de vírus inoculado principalmente através da picada da fêmea do mosquito, apresenta sintomas como febre alta, dor de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, náuseas, tontura, cansaço extremo, manchas pelo corpo e perda de apetite e paladar.
“Os primeiros sinais costumam aparecer de 2 a 9 dias após o contágio: é o período de incubação da doença. Nos primeiros sete dias os sintomas se agudizam, e daí por diante entra-se na fase de recuperação, que pode durar até dois dias, para depois se passar à convalescença, com duração de 2 a 4 semanas”, afirma.
De acordo com Yara, a confirmação da doença é feita por meio de exame de sangue, realizado preferencialmente a partir do sexto dia de contaminação, quando os resultados são mais conclusivos. No Seconci-SP, há o teste NS1, que pode ser feito até o quinto dia do início dos sintomas e após isso, o IgM.
Hidratação
“Não há um medicamento que cure a doença. O tratamento consiste em repouso e muita hidratação com água, e nos casos mais graves, com hidratação de soro nas veias. Não tome medicamentos por conta própria. Em nenhuma hipótese se devem ingerir medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e ibuprofeno, pois podem aumentar o risco de hemorragias.”
A clínica geral explica que no Brasil o vírus da dengue possui quatro variações – sorotipos 1, 2, 3 e 4. Uma vez infectada, a pessoa fica imune somente àquele sorotipo. Por isso, um paciente pode contrair a dengue até quatro vezes. Os sintomas são os mesmos em todas as variações, com exceção da 4, a hemorrágica e mais grave, quando o paciente apresenta sangramentos, fica extremamente debilitado em virtude da queda de plaquetas no sangue e pode até morrer.
Vacinação
O SUS oferece vacina contra dengue em duas doses com intervalo de três meses, principalmente para crianças de 10 a 14 anos, podendo se estender para mais faixas etárias, dependendo da disponibilidade do imunizante.
A partir do ano que vem, o governo promete disponibilizar 60 milhões de doses anuais, de uma vacina nacional e ministrada em dose única.
