A importância da doação de órgãos
O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos será celebrado em 27 de setembro. Apesar de o número de transplantes no Brasil ter aumentado de 25 mil para 27 mil de 2016 para 2017, mais de 33 mil pessoas esperam na fila.
O dr. Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP, explica que somente após a constatação de morte cerebral, o médico consulta a família para saber se ela autoriza a doação de órgãos. Essa constatação tem procedimentos rigidamente estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina.
Dada a autorização, avalia-se se o doador não possui doença que inviabilize o procedimento e os limites de idade: 75 anos para doar rins; 70 para fígado; 69 para sangue; 65 para peles, ossos e válvulas cardíacas; 55 para o pulmão, coração e medula óssea; 50 para pâncreas e sem limite para córneas.
Mesmo que o paciente tenha manifestado em vida a disposição de doar os órgãos após o falecimento, a decisão cabe à família próxima (pais, filhos, irmãos) e precisa ser tomada por unanimidade. Há um tempo máximo decorrente a partir da morte, para que o órgão seja transplantado com sucesso. Por isso, é importante que a família esteja sensibilizada para dar o consentimento o quanto antes possível.
Também se podem doar órgãos em vida, como partes do pâncreas, fígado, pulmão, rim e medula óssea, desde que isso não comprometa a saúde do doador.
Para a assistente social do Seconci-SP Flávia Lopes Augusto Sampaio, questões morais e falta de informação fazem o número de cirurgias no Brasil estar muito aquém do potencial, se comparado a outros países. “Alguns familiares resistem em aceitar que o ente partiu. Outros ficam em dúvida porque o paciente nunca manifestou interesse na doação”, comenta.
Por isso, Flávia recomenda que as pessoas comentem com os familiares, caso esta seja a sua vontade. “Quando uma família opta por doar os órgãos do seu ente, ela salvará diversas vidas”, conclui