Saúde e segurança precisam estar em todo o ciclo da obra
“Os cuidados com segurança e saúde do trabalho precisam ser pensados em todo o ciclo do empreendimento, e não apenas na fase da obra. Isso é tão importante como a modernização de gestão e os avanços tecnológicos das construtoras.”
As afirmações foram feitas pelo vice-presidente do Seconci-SP, Haruo Ishikawa, na abertura do 2º Fórum Internacional Segurança e Saúde do Trabalho (SST) na Construção, em 24 de novembro, realizado pelo SindusCon-SP, em parceria com esta entidade.
Para Ishikawa, o trabalhador deve estar entre as prioridades das empresas. “O funcionário é o nosso maior patrimônio. Ainda é preciso avançar em SST, mas a construção civil evoluiu muito nesse sentido. O Seconci-SP é um desses exemplos. Tenho um orgulho muito grande de ser vice-presidente desta entidade, que conquistou certificações importantes e tem 3 dos hospitais públicos que administra entre os 10 acreditados no Nível de Excelência pela Organização Nacional de Acreditação”, destacou.
A superintendente do Iepac/Seconci-SP, dra. Norma Araujo, apresentou as conclusões do estudo da entidade, de que 508 das 1.508 doenças classificadas pelo Ministério do Trabalho como ocupacionais da construção, na verdade não o são. Como isso eleva indevidamente o valor do RAT (Seguro de Acidentes do Trabalho) do setor, ela recomendou que as empresas façam um acompanhamento cuidadoso.
O evento também contou com a participação, entre outros, do presidente do Sintracon-SP, deputado Antonio Ramalho, que reconheceu a melhora das condições dos canteiros de obras. Já o auditor fiscal do Trabalho, Antônio Pereira, defendeu a necessidade de industrialização da construção para a redução de acidentes e chamou a atenção para a necessidade de o projeto já prever segurança na operação e manutenção do empreendimento.