A psicóloga infantil do Seconci-SP, Niusa Paiva Barreira, comenta que a popularização dos smartphones trouxe benefícios positivos, como o fácil acesso às informações e a possibilidade de comunicação com pessoas distantes. “Contudo, principalmente entre as crianças e adolescentes, o uso destes equipamentos requer acompanhamento dos pais, para não se tornar um transtorno”, alerta.
Segundo a especialista, os pais precisam estar atentos desde cedo para que os filhos não tornem o uso do celular uma compulsão, prejudicando o convívio social e suas tarefas diárias. “A faixa etária em que cada criança deve começar a usar estes dispositivos móveis deve ser determinada pelo responsável. Porém, é primordial que os pais estabeleçam desde muito cedo limites para a utilização”, recomenda a psicóloga.
A coordenadora do Serviço Social do Seconci-SP, Angela Nogueira Braga da Silva, destaca que, ao estabelecer limites desde cedo, os pais estão afastando a possibilidade de outros problemas entre os jovens: o isolamento social e a ansiedade causada pelo uso inadequado do aparelho.
A psicóloga salienta que não adianta proibir o filho de usar o celular durante o jantar, por exemplo, se os pais estão conectados à internet o tempo todo. “O ideal é estabelecer um horário para utilização e os pais também respeitarem esta regra”.
A especialista destaca ser importante sempre oferecer uma alternativa prazerosa à criança para que ela opte por se desconectar do celular. “Opções de lazer e esportes, atividades ao ar livre e artísticas são ferramentas poderosas neste processo e que, na maioria das vezes, têm boa aceitação entre os jovens”.
A psicóloga afirma que a conduta dos filhos deve ser observada, porque mudanças bruscas de comportamento podem ser sinais de distúrbios mais sérios e indícios de que o jovem precisa de ajuda profissional.