A psoríase, caracterizada por lesões avermelhadas na pele que descamam, é uma doença autoinflamatória crônica e não contagiosa, mas que precisa ser tratada para evitar que evolua para quadros mais graves. É o que explica Sigefredo Castro Griso, dermatologista do Seconci-SP, por ocasião do Dia Nacional e Mundial de Conscientização sobre a Psoríase (29 de outubro).
De acordo com o médico, as manifestações da psoríase podem ocorrer mediante: aparecimento de manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas; pequenas manchas brancas ou escuras residuais; pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento; coceira, queimação e dor; unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões); inchaço e rigidez nas articulações e, em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.
A doença pode se originar de diversas formas, prossegue o dermatologista. Entre elas, figuram ter familiar de primeiro grau com psoríase; estresse; obesidade; tempo frio; diversas infecções; alguns medicamentos; alcoolismo e tabagismo.
Tipos de psoríase
Segundo o dermatologista, há diversos tipos de psoríase:
- Psoríase em placas ou vulgar: placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas, que podem coçar e, algumas vezes, doer. São mais comuns nos joelhos, cotovelos, couro cabeludo, região lombar e cicatriz umbilical, mas podem atingir qualquer parte do corpo, inclusive genitais. Em casos graves, a pele pode rachar e sangrar.
- Psoríase ungueal: pode afetar as unhas das mãos e dos pés. A unha cresce de forma anormal, engrossa, escama, muda de cor e até se deforma e descola.
- Psoríase do couro cabeludo: áreas avermelhadas com escamas espessas branco-prateadas, principalmente após a pessoa se coçar; é semelhante à caspa.
- Psoríase gutata: geralmente é desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta; é caracterizada por pequenas feridas, em forma de gota, no tronco, nos braços, nas pernas e no couro cabeludo.
- Psoríase invertida: manchas inflamadas e vermelhas, sem a descamação, principalmente em dobras e áreas úmidas do corpo, como axilas, virilhas e embaixo dos seios.
- Psoríase pustulosa: caracterizada por pústulas que podem ocorrer em todas as partes do corpo ou em áreas específicas, como mãos, pés ou dedos. Pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga, e pode até ser fatal se não for tratada de forma adequada.
- Psoríase eritrodérmica: menos comum, caracterizada por manchas vermelhas que podem coçar ou arder intensamente, gerando febre e calafrios. Ela pode ser desencadeada por queimaduras graves, tratamentos intempestivos (como uso ou retirada abrupta de corticosteroides), infecções ou por outro tipo de psoríase mal-controlada. Requer internação hospitalar para seu controle.
- Psoríase artropática: manifesta-se nas articulações, causando forte dores e até deformidades permanentes.
Tratamento e prevenção
Cada tipo de psoríase tem um tratamento ou uma combinação de terapias, Pode ser mediante cremes, pomadas, xampus, medicamentos e fototerapia.
“Evitar o estresse, o tabagismo e o alcoolismo; ter uma atividade física regular e uma alimentação saudável são fatores que podem prevenir a doença. O mais importante é consultar um dermatologista assim que perceber algum sinal da doença, tratar-se o quanto antes e não interromper o tratamento”, enfatiza Castro.







