O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase no mundo, atrás somente da Índia. Em 2018, foram registrados 208.619 casos no mundo, sendo 28.660 apenas no Brasil e 1.212 no Estado de São Paulo. Por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase (27 de janeiro), a dermatologista do Seconci-SP Marli Izabel Penteado destaca que a enfermidade tem cura e não oferece risco de contágio, se o doente estiver em tratamento.
“A transmissão ocorre por contato próximo e contínuo com o paciente não tratado. Por isso, o maior problema é estender os exames aos contatos próximos ao paciente já diagnosticado, pois é onde está o foco”, explica a médica.
Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, a doença é transmitida principalmente pelas vias respiratórias superiores, além do contato com a pele do paciente. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta manifestações como áreas anestésicas, manchas claras, avermelhadas ou amarronzadas, caroços na pele e lesões dos nervos periféricos.
O período de incubação varia em geral de cinco a sete anos. “O bacilo gosta de temperaturas mais frias, então afeta principalmente a pele e nervos superficiais. Normalmente, os doentes não diagnosticados precocemente, desenvolvem complicações nos pés, mãos e olhos”, explica a médica. “O autoexame é fundamental, verificando se há manchas claras ou avermelhadas na pele, além de checar com atenção pontos de sensibilidade. Caso note alguma anormalidade, o paciente deve buscar ajuda médica”, indica.
Segundo a médica, ainda há um estigma em relação à doença, e o desconhecimento e a falta de informação acabam dificultando o diagnóstico. A hanseníase acomete principalmente pessoas com situação econômica, social e ambiental desfavorável. A dra. Marli explica que a maior parte da população já nasce naturalmente resistente à doença.
A segurança na operação de argamassadeiras (misturadores de argamassa) e