Hepatite requer diagnóstico precoce
Nove em cada dez portadores da hepatite, uma inflamação do fígado, não sabem que a têm. O alerta é do dr. Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, em 28 de julho.
“A hepatite é a segunda causa de morte entre as doenças infecciosas, atrás apenas da tuberculose. O diagnóstico é essencial para se iniciar o tratamento, evitando uma possível evolução que pode levar a cirrose, câncer e até a óbito”, explica.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus, denominados pelas letras A, B, C, D e E. Os vírus A e E são provenientes do contágio fecal-oral, geralmente relacionados a condições precárias de saneamento, de higiene pessoal e dos alimentos. Já os vírus B, C e D são transmitidos pela relação sexual desprotegida ou por compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha ou demais objetos que furam ou cortam.
Quando manifestados, os sintomas são confundidos com os de uma virose, como cansaço, febre, mal-estar, vômitos e enjoos. Outros sintomas são pele e olhos amarelados, fezes claras e urina escura.
Há vacinas para os tipos A e B – sendo esta última também eficaz para o tipo D. Na China há vacina para a E. “Quanto às demais tipologias do vírus, a prevenção segue sendo o não compartilhamento de alicates de unhas e seringas, uma correta higienização das mãos e alimentos e o acesso a saneamento”, explica o dr. Moacir.
A maioria dos pacientes diagnosticados no início da patologia não necessita de medicação, se restringindo apenas ao repouso absoluto, boa alimentação e hidratação. Quando a doença está em um estágio mais avançado, dependendo da hepatite, é necessário o uso de medicamento. A hepatite C, a mais danosa, pode ser tratada com antirretrovirais.