O Seconci-SP conta com equipamento para a realização de exames laboratoriais que medem o índice de exposição a solventes derivados do petróleo, como benzeno, tolueno e xileno (BTX). Essas substâncias químicas são nocivas à saúde e estão presentes em alguns tipos de tintas, graxas, combustíveis e removedores. O resultado dos exames é emitido em três horas, possibilitando um rápido diagnóstico e tratamento dos pacientes que tenham sido expostos a essas substâncias. O gerente do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) Corporativo do Seconci-SP, Douglas de Freitas Queiroz, reforça a importância de as empresas da construção civil e de outros setores monitorarem constantemente a saúde dos funcionários expostos a esses tipos de solvente, para evitar graves doenças, como leucemia e anemia aplástica. “No Seconci-SP, realizamos exames períodos que investigam a incidência destas substâncias no organismo dos trabalhadores. Caso o índice esteja fora da normalidade, a recomendação é afastar o trabalhador para minimizar a exposição e prevenir o avanço de algum tipo de doença”, explica Queiroz. Somente no ano passado, o Seconci-SP realizou 11.861 mil exames como esses nas 13 unidades na capital paulista, litoral e interior de São Paulo. Formas de prevenção O benzeno, o tolueno e o xileno entram no corpo principalmente pela respiração, mas também pelo contato com a pele e, em alguns casos, pela ingestão. Níveis elevados destes agentes químicos na urina indicam uma exposição ocupacional excessiva. Uma das formas de prevenção é por meio do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “É fundamental que pintores, mecânicos de máquinas e equipamentos, frentistas e instaladores de elevadores utilizem luvas para proteger as mãos e, principalmente, máscaras de proteção respiratória. A conscientização do uso dos EPIs é o melhor jeito de prevenir”, alerta o especialista. O setor da construção civil está se industrializando cada vez mais e a presença de máquinas modernas nos canteiros de obra exige a presença de profissionais como mecânicos, que têm contato constante com graxas, umas das substâncias nocivas à saúde. Um hábito comum entre pintores e mecânicos que costuma resultar em intoxicação é o uso de querosene, tiner, removedor e aguarrás para a retirada de tinta das mãos ou dos pincéis. “Hoje, grande parte das tintas são à base de água e não é necessário o uso destes produtos para limpeza. A melhor forma é utilizar água e sabão ou pastas abrasivas próprias para este fim”, alerta o gerente.