O que deve ser observado na locação, utilização e conservação do sistema de guindar e o que melhorar na elaboração e na execução do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) foram os temas das palestras da 3ª Reunião Online de 2025 do Comitê Permanente Regional do Estado de São Paulo (CPR-SP) da Norma Regulamentadora (NR) 18, em 20 de maio.
Odirley Botelho, engenheiro especialista em equipamentos de guindar, discorreu sobre a segurança na locação, utilização e conservação dos mesmos. Em sua palestra, mostrou as normas técnicas a serem seguidas e alertou sobre o risco de acessórios irregulares, mal conservados ou utilizados incorretamente.
Botelho recomendou uma série de procedimentos para a inspeção e verificação da segurança dos acessórios. Mostrou os riscos em operações de içamento e os cuidados a serem tomados para evitá-los, como não haver pessoas sob os equipamentos em operação. Destacou a importância de se empregar pessoas com experiência técnica nos procedimentos.
Ele recomendou que a inspeção seja feita assim que o acessório chegar na obra, obrigando-se o fornecedor a providenciar que o mesmo esteja em perfeitas condições de uso. Reforçou a importância de o sinaleiro e o encarregado terem mais capacitação além do treinamento obrigatório de 16 horas, para uma operação eficiente, produtiva e segura.
Gerenciamento de riscos
O auditor fiscal Antonio Pereira, da Superintendência do Trabalho em São Paulo do Ministério do Trabalho e Emprego, abordou os pontos passíveis de melhoria na elaboração e na execução do PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos).
Pereira destacou em sua apresentação a importância de o PGR seguir a norma, ser dinâmico, por atividade e atualizado a cada fase da obra. Orientou que a empresa selecione as ferramentas e técnicas de avaliação de riscos que sejam adequados ao risco ou circunstância em avaliação.
O auditor chamou a atenção para o detalhamento correto dos riscos ocupacionais. Mostrou como realizar a identificação de perigos, a avaliação e o nível dos riscos. E mostrou todos os projetos que precisam constar do PGR, elaborados por profissionais legalmente habilitados.
Ele ainda detalhou os documentos a serem levados para o inventário de riscos. E recomendou o vídeo da Fundação no Youtube, que traz um curso sobre o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – A Nova NR 1.
Acidente fatal
Haruo Ishikawa, vice-presidente de Capital-Trabalho do SindusCon-SP e membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP, lamentou o acidente que vitimou três trabalhadores em uma obra em São Paulo, e afirmou que o setor não pode baixar a guarda. Informou sobre a constituição de um grupo de trabalho para incrementar a segurança nas obras do Interior, com o Tribunal Regional do Trabalho e a participação do SindusCon-SP e do Seconci-SP. E comentou sobre o andamento do 9º Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho.
Coordenaram o evento José Bassili, gerente de SESMT Corporativo do Seconci-SP, que anunciou a campanha do Seconci-SP em favor da segurança na operação de máquinas e equipamentos; Marcos Antonio de Almeida Ribeiro e Sebastião Ferreira, respectivamente vice-presidente e secretário geral do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo (Sintesp), e Antonio Pereira do Nascimento, que informou sobre a vinda, no segundo semestre, de parte dos novos 275 auditores fiscais para fiscalizar a construção.