Seconci-SP ensina como se proteger das DSTs no Carnaval
Prevenir-se contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) é algo que deve ser feito durante o ano todo. Porém, com a proximidade do Carnaval, época em que predomina o clima de festa e diversão, a probabilidade de contágio tende a aumentar. “Nesse período, é importante reforçar a necessidade de prevenção e recomendar uso de preservativos para evitar doenças”, afirma o dr. Horácio Cardoso Salles, gerente da Medicina Assistencial do Seconci-SP.
Pesquisa do Ministério da Saúde divulgada neste mês revela que 9 em cada 10 jovens de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar HIV, mas mesmo assim, 6 em cada 10 destes adolescentes não usaram preservativo em alguma relação sexual no último ano.
O dr. Salles reforça que o uso de preservativos nas relações sexuais é um método eficaz e relativamente barato de se prevenir contra as DSTs, entre elas a Aids e sífilis, mas também gonorreia, HPV e hepatites virais. “Praticar o sexo seguro é a melhor forma de prevenção”, recomenda.
Outras doenças e formas de transmissão
Ainda que a forma de se prevenir pareça simples, há muitas dúvidas e falta de informação sobre o assunto. Segundo o Serviço Social do Seconci-SP, entre as causas de novos casos de DSTs no Brasil estão a desinformação sobre outras formas de transmissão. Um exemplo é o caso do HTLV (vírus linfotrópico da célula humana), um retrovírus da mesma família do HIV, que infecta a célula T humana, um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo. Da mesma forma que o HIV, o HTLV é transmitido por via sexual (relações sexuais desprotegidas), nas transfusões de sangue, pelo uso compartilhado de seringas e agulhas, e da mãe para o filho durante a gestação, o aleitamento e no momento do parto.
As estatísticas indicam que apenas 5% das pessoas infectadas pelo HTLV desenvolvem problemas de saúde relacionados com o vírus. Nesses casos, em geral, instalam-se quadros neurológicos degenerativos graves e de leucemias e linfomas. “Tomar conhecimento da infecção é fundamental para controlar a transmissão do vírus”, afirma o dr. Salles.
A profilaxia pós-exposição (PEP) é um procedimento de prevenção para as pessoas que tiveram exposição ao vírus do HIV. Os medicamentos devem ser usados em até 72 horas após o contato com o vírus. Para mais informações acesse: http://www.aids.gov.br.
Serviço
O Seconci-SP promove palestras sobre as DSTs em canteiros de obra e nas empresas, realizadas pela equipe interdisciplinar dos profissionais de saúde, médicos e assistentes sociais da entidade. O contato deve ser feito com o setor de Relações Empresariais do Seconci-SP (11 3664-5844 / relacoesempresariais@seconci-sp.org.br).