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Cuide da saúde digestiva

Para ter uma boa saúde digestiva, o trabalhador da construção precisa alimentar-se bem, incluir alimentos com fibras nas refeições, fazê-las em horários regulares e evitar álcool e fumo. Nas atividades em que transpira muito, ele deve ingerir bastante água, de 2,5 a 3 litros por dia.

As recomendações são do dr. Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP, por ocasião do Dia Mundial da Saúde Digestiva (29 de maio). A data foi instituída pela Organização Mundial de Gastroenterologia (WGO), visando: orientar a população a procurar atendimento médico; realizar exames preventivos e para elucidação diagnóstica do sistema digestório, e se informar sobre alimentos saudáveis e mudança no estilo de vida.

“Segundo a WGO, 20% da população mundial sofrem algum tipo de problema digestivo e/ou intestinal, mas apenas 10% procuram atendimento médico. A prevenção é fundamental para se evitar o câncer de cólon, o terceiro mais frequente do mundo”, comenta o médico.

De acordo com o dr. Dias, uma alimentação saudável começa pela escolha de um local tranquilo onde serão feitas as refeições. “Deve-se comer devagar, mastigando bem os alimentos, porque é na mastigação que se inicia a digestão dos alimentos. É preciso controlar o estresse; evitar tabagismo, uso abusivo de café, bebidas alcoólicas e sedentarismo, e praticar atividades físicas regulares e apropriadas para a idade.”

Cuidados básicos

Confira as dicas do gastroenterologista do Seconci-SP para a saúde digestiva:

– Acrescentar à alimentação fibras, muito importantes para a saciedade, controle do colesterol, prevenção ao diabetes e perfeito funcionamento do intestino. Dois tipos de fibras são importantes: as solúveis que vão ajudar na hidratação do bolo fecal (aveia, soja, lentilha, mandioca, beterraba, ervilha, cenoura, maçã, laranja, abacaxi, limão) e as insolúveis que ajudam na formação do volume do bolo fecal (feijão, milho, abóbora, verduras folhosas, farelo de trigo, pão integral, cereais e cascas de frutas).

– Evitar ou diminuir o uso de: alimentos processados, ricos em carboidratos; sal; gordura e conservantes que irão prejudicar o organismo em vários aspectos, tais como a elevação da pressão arterial, do nível de colesterol e triglicérides, contribuindo também para diabetes, doenças coronarianas, AVCs (acidentes vasculares cerebrais) e doenças gástricas e intestinais.

– Evitar refrigerantes, devido ao seu efeito deletério para o estômago, por conterem muitos gases, levando à distensão do abdômen. Também são muito ácidos, podendo mudar o Ph do sangue e ocasionar problemas para o organismo em geral.

– Procurar ingerir água durante todo o dia, para dissolver gorduras e fibras solúveis e evitar insuficiência renal – patologia que cresce de forma preocupante em todo o mundo. A água só deverá ser evitada no horário das principais refeições, para não ocorrer a diluição do suco gástrico, vital para a boa digestão dos alimentos.

– Acrescentar à dieta probióticos (iogurte desnatado ou kefir), ou em fórmulas vendidas em farmácias como lactobacilos. Estes microorganismos formam a microbiota intestinal e são importantes na manutenção do bom funcionamento intestinal, na absorção de nutrientes, em participar na formação de vitaminas e enzimas e no desenvolvimento imunológico. Estima-se que uma pessoa adulta possua 100 trilhões de microorganismos que compõem a flora intestinal e que chegam a pesar 1,5 kg. Estudos mostram que essa microbiota intestinal influi em inúmeras funções do organismo e hoje se chega a fazer transplante de fezes para tratamento de patologias.

– Tomar muito cuidado com medicamentos como antiinflamatórios, que atacam o estômago.

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