O ‘Dia Nacional de Prevenção da Obesidade’, celebrado em 11 de outubro, visa chamar a atenção das pessoas para um problema que já atinge um em cada cinco brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Informações do órgão apontam também que, de 2006 a 2016, a obesidade cresceu cerca de 60% entre a população brasileira.
A endocrinologista do Seconci-SP, Carolina Spissirits Gomes de Amorim, explica “o consumo de bebidas alcoólicas e alimentos industrializados – como refrigerantes, salgadinhos, embutidos, doces, sucos –, a falta de atividade física, noites mal dormidas e, até mesmo, predisposição genética podem contribuir para o ganho de peso”.
Exames como os testes de bioimpedância e a medida da prega cutânea podem ser usados para identificar o excesso de gordura. Contudo, o mais utilizado na prática clínica é a medição do Índice de Massa Corporal (IMC) que, através de um cálculo matemático considerando o peso e altura, determina se o indivíduo está dentro do peso ideal. “Neste caso, pessoas com resultado acima de 25 são consideradas com sobrepeso e, a partir de 30, com obesidade”, esclarece a especialista.
A médica ressalta também que, na maioria dos casos, o excesso de peso contribui para o surgimento de doenças como diabetes, aumento do colesterol, triglicérides e hipertensão arterial, além de problemas articulares, especialmente, nos joelhos.
Uma vez com diagnóstico de obesidade, segundo a médica, o tratamento vai depender do histórico clínico do paciente. “Normalmente iniciamos por uma reeducação alimentar para a adoção de uma alimentação balanceada e estimulamos a prática de exercícios físicos”. Ela ressalta também que é muito comum a associação de obesidade e transtornos emocionais. Por isso, no Seconci-SP, além do acompanhamento com a nutricionista, os pacientes também recebem apoio psicológico para ajudar neste processo de recuperação.