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Prevenindo o câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tumor mais incidente entre os homens, excetuando-se o de pele. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam para 71.730 novos casos da doença no Brasil em 2024, ou seja, 196 por dia.

Paulo Fischer, urologista do Seconci-SP, explica que a doença não produz sintomas, “mas é curável em 96% dos casos, quando detectada precocemente. Daí a importância de uma consulta anual ao urologista para a realização de três exames: ultrassom de rins, bexiga e próstata; coleta de sangue para aferir o PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e toque retal.”

Por ocasião da campanha Novembro Azul, de conscientização sobre a doença, o médico chama a atenção para a importância de os homens não terem preconceito em relação ao toque retal, o exame mais importante para o fechamento do diagnóstico. “Levantamento do Ministério da Saúde mostrou que o câncer de próstata levou a óbito 47 pessoas por dia em 2023. Isso mostra que ainda é preciso vencer a resistência em relação à realização dos exames e principalmente do toque retal.”

O urologista orienta que a consulta anual seja feita pelos homens a partir de 45 anos de idade, ou de 40 quando houver histórico familiar de câncer de próstata. Cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos de idade.

Sintomas

A próstata é uma glândula, em forma de maçã, situada abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada.

Os principais sinais que podem indicar o surgimento da doença são dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, e presença de sangue na urina.

Tratamento

Havendo indícios da doença, realiza-se primeiro uma ressonância magnética e, se necessário, uma biópsia. Nos casos iniciais de câncer, recomenda-se a cirurgia para remoção da próstata (prostatectomia) e de tecidos à sua volta, como a vesícula seminal, ou radioterapia para destruir o tumor e impedir que as células cancerígenas se multipliquem.

O PET Scan, um exame preciso de imagem, só se realiza para aferir a evolução ou a remissão dos tumores metastáticos, ou de tumores de próstata agressivos com potencial para metástases.

A remoção da próstata já é feita em alguns hospitais mediante cirurgias pouco invasivas, assistidas por robô, com rápida recuperação do paciente. Novos medicamentos também estão mais disponíveis, informa Fischer.

Finalizado o tratamento, o paciente deve retornar a cada quatro meses no primeiro ano e depois a cada seis meses. Passados cinco anos, o retorno deve ocorrer uma vez por ano. “É necessário fazer o controle de prevenção todos os anos e até o fim da vida.”

O Seconci-SP dispõe de estrutura médica e laboratorial para o diagnóstico do câncer de próstata e também ministra palestras nas empresas e canteiros sobre esse tema, em todos os municípios onde têm Unidades. Para contratar esse serviço: (11) 3664-5059 e 3664-5844 – relacoesempresariais@seconci-sp.org.br .

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