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Seconci-SP alerta: exame de próstata ainda é tabu

O Brasil registre 69 mil novos casos de câncer de próstata ao ano, porém o número poderia ser menor, já que 51% dos homens nunca passaram por um consultório de urologista, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. Assim, nesta campanha de combate ao câncer de próstata Novembro Azul, o Seconci-SP chama atenção para o preconceito que ainda existe entre os homens em relação ao exame de toque retal.

“Esse medo não pode existir. O exame de próstata é tranquilo e dura 15 segundos. Os homens relutam em fazer o toque retal por conta do machismo, além do receio de sentir dor. Enquanto o preconceito existe, milhares de homens morrem todos os anos”, alerta o médico Horácio Cardoso Salles, gerente da área de Medicina Ambulatorial do Seconci-SP.

Entre os trabalhadores da construção civil também há preconceito. “O Seconci-SP realiza palestras sobre a saúde do homem dentro dos canteiros de obra, porém sempre que uma pergunta sobre o exame do toque retal é feita, as piadas são inevitáveis e acabam constrangendo quem realmente está interessado no assunto”, relata o médico.

O câncer de próstata tem evolução silenciosa, mas alguns homens podem ter dificuldade para começar a urinar, enfraquecimento do jato urinário, urinar várias vezes durante a noite ou sempre ficar com a sensação de que a bexiga está cheia.  “Não é recomendável esperar a dor aparecer para procurar um médico. Aos 45 anos de idade, todo homem deve procurar um urologista, principalmente se tiver familiar com câncer de próstata. Os homens negros são mais suscetíveis e devem ter atenção redobrada”, enfatiza Salles.

A doença não tem prevenção, no entanto, uma alimentação pobre em verduras e frutas, excesso de gordura e obesidade são fatores de risco que contribuem para seu avanço. O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento.

A descoberta do câncer de próstata é feita por meio do toque retal, que pode identificar nódulos ou tecidos endurecidos na região da glândula, alcançada pelo reto. Já o PSA é o exame de sangue que mede os níveis de uma proteína produzida pela próstata. Quanto maiores os níveis, maior a possibilidade da doença.

“A negligência dos homens com relação ao câncer de próstata é um tema sério, já que nesta fase da vida eles estão em plena produtividade de trabalho e, em geral, possuem família e filhos. Deixar a doença evoluir por conta do preconceito é uma falta de responsabilidade”, destaca o médico.

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