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Seconci lança a Campanha Queda Zero

O Seconci-SP lançou no último dia 28 de abril a Campanha Queda Zero, que tem seu foco na gestão da prevenção de acidentes. O Jornal da Cruzeiro desta terça-feira (9) entrevistou Gianfranco Pampalon, consultor de Saúde e Segurança no Trabalho do Seconci São Paulo, que falou sobre a campanha.

Realizada em parceria com o SindusCon-SP, a campanha visa motivar as empresas a cumprirem efetivamente as Normas Regulamentadoras (NRs) 18, 35 e as demais ligadas a essas normas, e implementar as melhores práticas de gerenciamento na prevenção de quedas, buscando a redução de acidentes.

Gianfranco Pampalon, consultor técnico de SST do Seconci-SP, detalhou os quatro pilares da gestão de prevenção de quedas:


  1. Planejar os cuidados com o trabalho em altura, avaliar os cenários ao longo da obra e as alternativas para evitar esse trabalho. Classificar os riscos de queda e priorizar os maiores. Implementar um plano de ação para eliminar ou mitigar os riscos, definir responsabilidades, informar e capacitar as lideranças da obra. Analisar todas as doenças e acidentes que acontecerem, além dos incidentes que alertam sobre o que pode ocorrer. Ter um plano de gerenciamento e verificar a eficácia das medidas adotadas para a realização das tarefas com segurança. Não esquecer de que hidratação e períodos de repouso são fundamentais, para evitar o cansaço, um dos motivos da ocorrência de acidentes.
  2. Fornecer os equipamentos de proteção individuais e os sistemas coletivos. Realizar a instalação dos sistemas e das ancoragens adequadas, conforme projetados pelos engenheiros. Lembrar que a NR 6 determina que o cipeiro seja ouvido. Considerar a adequação do equipamento ao empregado e ao conforto do conjunto de trabalhadores.
  3. Treinar o trabalhador na utilização segura dos equipamentos e sistemas, e nos procedimentos de segurança no trabalho em altura. Apresentar-lhe o que figura no manual sobre eficácia, manutenção e armazenamento do equipamento. Inspecionar o sistema de proteção de quedas, inclusive entre o recebimento e a primeira utilização, e pelo menos a cada 12 meses ou antes, se necessário. Não esquecer da inspeção rotineira, feita pelo trabalhador diariamente antes da utilização. Ter um plano para resgastes de emergência, conforme dispõe a nova NR 35, que começa a vigorar em julho. Dispor de técnicas e equipamentos apropriados para o resgate. Fazer treinos simulados de resgate, lembrando que a NR 35 requer equipe bem treinada para essa finalidade.
  4. Liderar e supervisionar os cuidados com a prevenção. Mestres e encarregados precisam estar na linha de frente, avaliando as condições do trabalhador antes do trabalho em altura. Devem: aferir se o trabalhador está bem; fiscalizar uso correto dos EPIs e dos procedimentos; impedir atalhos perigosos; dar ordens de modo que a execução das tarefas seja feita de forma segura; apoiar e incentivar boas práticas de segurança; e ajudar o trabalhador a exercer o direito de recusa em caso de percepção de perigo, ouvindo-o sobre oportunidades de melhoria. Lideranças devem ser treinadas nesse sentido.

Pampalon ainda apresentou boas práticas e inovações em SST, tais como: trabalhar com BIM (Modelagem da Informação da Construção), que permite visualizar o projeto em três dimensões; novas proteções no envoltório da obra; câmaras com inteligência artificial que avisam sobre riscos na obra, tais como equipamentos largados no chão, falta de EPIs e reconhecimento de não conformidade de EPIs; e realizar inspeções de fachadas utilizando drones, evitando trabalho em altura.

Você pode conferir a entrevista na íntegra, clicando no player abaixo.

 

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