A prevenção de acidentes exige programas criteriosos
Dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho (OSST), órgão ligado ao Ministério Público do Trabalho, apontam que a cada 3 horas e 40 minutos um trabalhador perde a vida em virtude de acidente na atividade laboral. Somente entre 2012 e 2018, de acordo com o OSST, o número de vítimas fatais em todo o Brasil chegou a 17 mil.
O supervisor da área de Medicina Ocupacional do Seconci-SP, Giancarlo Rodrigues Brandão, destaca que a implementação das Normas Regulamentadoras que obrigaram as empresas a incluírem os funcionários no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e no Programa de Controle Médico Ocupacional (PCMSO) trouxeram ganhos importantes quanto à diminuição dos incidentes nos últimos anos.
“A questão agora, contudo, está na forma na qual estes programas são desenvolvidos. Isso porque nem sempre as empresas que fazem as análises são criteriosas e consideram todos os riscos para os quais o trabalhador está exposto, o que abre espaço para que incidentes continuem acontecendo”, pondera o Dr. Giancarlo.
Nos canteiros de obra, onde os colaboradores estão vulneráveis a riscos físicos, químicos, de acidentes e fatores anti-ergonômicos, a realização de um PPRA e do PCMSO mais assertivo é de vital importância para evitar incidentes. “A questão não é ser rígido na elaboração do documento, mas sim criterioso”, alerta o especialista.
O supervisor da Medicina Ocupacional do Seconci-SP destaca que, primeiramente, é preciso saber diferenciar os conceitos de “perigos” e “riscos” para, posteriormente, estabelecer medidas preventivas de atuação nesses locais. “Um perigo pode ser qualquer coisa potencialmente causadora de danos, sejam materiais, equipamentos, métodos ou práticas de trabalho. Já o risco é a possibilidade, elevada ou reduzida, de um funcionário sofrer danos provocados pelo perigo”.
Nesta hora, salienta o médico, a expertise da empresa contratada para elaborar os programas faz toda a diferença. No Seconci-SP, as empresas contam ainda com um sistema de saúde que pode ser visualizado pelo médico do trabalho e outros especialistas assistentes (cardiologista e ortopedista, por exemplo), facilitando o atendimento e trazendo segurança na condução do caso.
“Além disso, mesmo que um funcionário migre de uma empresa para outra, fato comum na construção civil, o Seconci-SP continua com acesso ao histórico do prontuário assistencial desse paciente”, complementa o médico.
Outro diferencial do Seconci-SP é a validação de PPRA e PCMSO externos, elaborados extramuros da instituição, garantindo, assim, qualidade e excelência no serviço prestado aos clientes. “Logo que recebemos um novo PPRA de uma empresa, fazemos uma nova checagem para assegurar que não houve omissões sobre eventuais riscos, tudo em prol da saúde e da integridade física desses funcionários no local de trabalho”, finaliza o Dr. Giancarlo.