Vibração ocupacional exige medição, alerta Seconci-SP
As atividades com exposição à vibração ocupacional merecem uma atenção especial no setor da construção civil. Saber dos riscos que envolvem a atividade é crucial na prevenção de acidentes, principalmente para os profissionais que manuseiam britadeiras, compactadores de solo, marteletes, retroescavadeiras, entre outros equipamentos que produzem vibrações. “As empresas devem sempre avaliar medidas para reduzir, eliminar ou controlar os riscos em todas as etapas das obras e, principalmente, manter o trabalhador bem orientado sobre quais efeitos podem ocorrer se ele não estiver com uma proteção adequada”, diz o engenheiro de Segurança do Trabalho do Seconci-SP, Michel Sotelo.
Segundo ele, as consequências da vibração no corpo dependem de quatro fatores: pontos de aplicação no corpo, frequência das oscilações, aceleração das oscilações e duração da exposição. Ao contrário de outros agentes de risco, a vibração ocupacional requer contato.
De acordo com o engenheiro, os agentes de vibração no corpo humano podem ter efeitos crônicos que dependem da intensidade e do tempo de exposição do trabalhador e, muitas vezes, levam a problemas irreversíveis. “Se não houver proteção adequada, as doenças podem ser de ordem vascular, neurológica, osteoarticular e muscular”, afirma.
Um problema comum é o da Síndrome de Raynaud, popularmente conhecida como doença dos “dedos brancos”. “Com a continuidade da exposição ao movimento vibratório nas mãos, o trabalhador passa a ficar com as pontas dos dedos brancas, e começa a perder a capacidade manual, controle e sensibilidade em seus dedos”, explica.
Medidor de vibrações ocupacionais
O Seconci-SP possui o aparelho SV 106, da Svantek, primordial para avaliação quantitativa da exposição ocupacional a vibrações. Trata-se de um medidor de vibrações ocupacionais de seis canais. É possível medir vibrações de Corpo Inteiro (VCI) e de Mãos e Braços (VMB), atendendo a metodologia estabelecida nas normas de segurança do trabalho da legislação brasileira.
“A empresa que não tomar os devidos cuidados, arrisca-se a criar um passivo trabalhista. Atendendo às leis, o empresário previne processos judiciais. Por isso, a importância de medir, quantificar e atestar seus riscos ocupacionais existentes”, diz.
O Seconci-SP elabora programas e relatórios, promove treinamentos exigidos pelas Normas Regulamentadoras (NRs), faz visitas técnicas nos canteiros de obra com emissão de relatório de conformidade, realiza auditoria em segurança e saúde do trabalho, produz laudos para caracterização de insalubridade, periculosidade e aposentadoria especial, além de avaliações ergonômicas dos postos de trabalho.